• logo


logo

  • Home
  • Sobre FSB
  • Colunistas
  • Eventos
  • Contato
loading...
  • Post
  • Similar Posts
  • Post Icon
  • Camila Miret


União Europeia deverá estabelecer limites para acrilamida em 2018

A acrilamida, descoberta em 2002, é um composto formado pela reação entre o aminoácido asparagina e os açúcares redutores presentes no alimento, quando este é submetido a altas temperaturas (acima de 120°C), por exemplo, ao ser frito, assado ou torrado.  Os alimentos mais implicados são cereais e derivados (pães, biscoitos, etc.), batatas e café. Há mais informações sobre o que é a acrilamida e como reduzi-la nos alimentos neste post de Juliana Levorato, neste outro post de Juliane Dias, e também no post de Cecilia Cury.

A preocupação com a redução de acrilamida nos alimentos tem como base os efeitos adversos à saúde humana que ela possui. Em 2015, a Autoridade Europeia de Segurança de Alimentos (EFSA) classificou a acrilamida como substância cancerígena. Recentemente, a EFSA solicitou com êxito à Comissão Europeia que sejam impostas medidas obrigatórias aos fabricantes de alimentos para reduzir os níveis de acrilamida nos seus produtos. A proposta ainda deve passar pelo Conselho e pelo Parlamento Europeu, mas pelos prazos, é provável que por volta de maio de 2018, já haverá alguma conclusão. A ideia é que a União Europeia estabeleça níveis máximos aceitáveis de acrilamida em certos alimentos, assim que a regulamentação seja aprovada.

Até a presente data, não há legislação estabelecida para acrilamida pelo mundo (exceto California, nos Estados Unidos), como pode ser verificado neste post de Juliane Dias.

Fabricantes de pães, cereais matinais, biscoitos, batatas fritas e café serão os mais afetados por esta regulamentação. Os estudos estão sendo conduzidos por uma avaliação de diversos resultados para medir a eficácia das medidas de mitigação que a indústria poderia utilizar, e estes níveis serão utilizados então como legalmente aceitáveis.

Curiosamente, as batatas fritas belgas estão excluídas deste regulamento. Elas passam por um processo de fritura dupla, para adquirir a crocância característica, e por este processo ser muito tradicional (existe desde 1680 e é amplamente conhecido como um produto muito típico da identidade da Bélgica), elas não serão consideradas nesta lei.

Grupos de defesa do consumidor na Europa veem este processo com bons olhos. No entanto, as federações industriais dos Estados-Membro estão preocupadas em como os produtos serão efetivamente categorizados na legislação, em especial os pães, e se será viável manter os níveis da regulamentação. A Federação Sueca de Alimentos considera que é praticamente impossível controlar o teor de acrilamida em cada pacote individual do alimento em função da “variabilidade dos níveis de acrilamida, que sempre ocorrerão”. Alguns fabricantes temem que os níveis publicados na legislação sejam descritos como sendo “impraticavelmente baixos”, sendo “virtualmente impossível atingi-los”.

Vamos aguardar o desenrolar desta regulamentação europeia, que poderá eventualmente atingir empresas brasileiras que exportam ao mercado europeu, em especial os fabricantes de café torrado. Mas a recomendação, enquanto não existe lei, é que realmente os níveis de acrilamida sejam monitorados nos produtos, e que os processos para fritar, torrar, secar ou assar sejam efetivamente controlados, evitando um “superaquecimento” ou “queima” dos alimentos. Isto serve em casa também: não deixe a torrada queimar!

Fonte:  Food Safety News


Comments

    • Andressa Nicolau

      agosto 25, 2017 at 10:37 am
    • Responder

    Camila, seguimos as RECOMENDAÇÃO DA COMISSÃO
    de 8 de novembro de 2013
    relativa à investigação dos teores de acrilamida nos alimentos (Texto relevante para efeitos do EEE)
    (2013/647/UE).


    • Ana Paula Loch

      agosto 25, 2017 at 1:51 pm
    • Responder

    Muito bom o post! Parabéns Camila



Enviar Comentário!

Cancelar resposta


  • FOOD SAFETY BRAZIL


    Assine nossa newsletter

    loading..

    • O "porque sim" dos...

      Existem várias leis que regem o setor de alimentos. De todos os itens mandatórios presentes nelas, muitos não são explicados e fica à mercê do profi... leia mais

    • Custo de uma infração sanitária

      Vamos dividir esta postagem em 3 partes.  1. Interpretação de uma mesma lei em diferentes apresentações Ao interpretar uma lei o primeiro fator a ser ... leia mais

    • Luvas pretas para manipular alimentos?

      Há alguns meses tenho notado o crescente uso de luvas pretas para manipulação de alimentos, especialmente em feiras gastronômicas, food trucks, ham... leia mais

  • Assuntos

    • Aprendi Hoje
    • Alergênicos
    • Perigos biológicos
    • Perigos físicos
    • Perigos químicos
    • Dedo Podre
    • Food Safety no Mundo
    • Dicas Vencedoras
    • Legislação
    • Para Consumidores
    • Entrevista
    • Fator RH
    • Eventos
    • Projeto Sanitário
    • HACCP
    • Virais do Facebook
    • História e Datas
    • Humor
    • Normas de certificação
    • BRC
    • FSSC 22000
    • IFS
    • Inovações e novidades
  • Ultimos posts

    • O "porque sim" dos treinamentos de Boas Práticas de Fabricação
    • Custo de uma infração sanitária
    • Luvas pretas para manipular alimentos?
    • Rastreabilidade – parte IV: estabelecimento de procedimentos   
    • Rastreabilidade – parte III: cadeia de suprimentos

logo
  • Home
  • Sobre FSB
  • Colunistas
  • Eventos
  • Contato
  • Mais lidas
  • Últimos posts

Siga-nos nas Redes Compartilhe

top